quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Abra o teu coração
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Então, é Natal!
A minha árvore
Houve um tempo, quando menina, que o natal representava a maior felicidade que meu coração podia sentir. Parecia pequena para tanta alegria e ansiedade. Visitava a casa do meu vizinho, onde havia uma linda árvore, que era montada todos os anos. Era de tamanho médio, com as luzes coloridas e as bolas, de variadas cores, eram de vidro. Lembro-me fascinada, hipnotizada pela dança daquelas pequenas lampadazinhas. Não podia perder o dia da montagem. Era mágico ver os enfeites, guardados com tanto zelo, irem preenchendo os galhos da árvore. Meu corpinho ajeitava-se na poltrona e ali eu ficava, sentindo o cheiro, a dança, a aproximação do natal... Sentindo a felicidade de imaginar que um dia, em minha casa, teria uma árvore daquelas. Em minha família os recursos eram poucos, mas, em mim, os sonhos eram muitos. Eu era quem deveria ser: uma criança cheia de sonhos e poesia em sua imaginação.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Você conversa com Deus?
Que neste final de ano, todos possamos sentir a legítima alegria desta presença de amor em nós. Ela não julga, não separa o certo do errado. Esta presença, que chamamos Deus, simplesmente espera o momento em que o descubramos e, a partir da energia de Seu amor, nos movamos e saibamos realizar melhor nossas escolhas no jogo da vida.
Lílian Baroni
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Uma interpretação em chamas!
Maravilhosa, emocionante a interpretação de Jacques Brel nesta composição de sua autoria. É como sempre digo, a emoção não tem idade, nem tempo, não tem que ser atual ou antiga. É eterna e nos atinge com a mesma intensidade...
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Eu Te Amo
sábado, 6 de dezembro de 2008
E por falar em AMOR...
Sagui Rei - L`amour Toujours ( I`ll Fly With You )
LINDO!!!
"Como posso te contar que eu te amo?
Mas eu não consigo pensar nas palavras certas para dizer
...Tanto tempo para lhe dizer que eu sempre penso em você
Mas minhas palavras, simplesmente quebram-se
...Onde eu for garota, eu sempre estarei/caminharei com você..."
...
Isto é tudo que o amor deseja ouvir para acalmar-se da urgência de sentir, no outro, a mesma chama. Não é?
Declaração de AMOR
Tão feliz foram Caetano Veloso e Flávio Venturini nesta canção!
Uma oração cantada
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
As Sintonias do Pensamento
Se mostre pronto para trocar concretizações com este Poder.
Tua é a chance diária de reafirmar este elo vibracional com o Poder Criador do Universo.
"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo..."
terça-feira, 25 de novembro de 2008
sábado, 22 de novembro de 2008
Sobre o Poder do Momento Presente
A Canção dos Homens Africanos
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
A Lista
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Prece Irlandesa
Prece Irlandesa
domingo, 9 de novembro de 2008
"Só me rendo pelo brilho de quem vai fundo"
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Pausa para reflexão
Isso não significa uma negatividade. É simplesmente reconhecer a natureza das coisas, para não viver atrás de uma ilusão pelo resto da vida. Nem quer dizer que você não deva mais apreciar os objetos e as circunstâncias agradáveis e bonitas. Porém, usá-los para procurar aquilo que não podem dar – uma identidade, um sentido de permanência e satisfação – é uma receita para a frustração e o sofrimento. Toda a indústria da propaganda e a sociedade de consumo entrariam em colapso se as pessoas se tornassem iluminadas e deixassem de tentar encontrar as suas identidades através dos objetos. Quanto mais usarmos esse caminho para encontrar a felicidade, mais estaremos nos iludindo. Nada lá fora vai conseguir nos trazer satisfação, exceto por um tempo e de modo superficial. Mas talvez você precise passar por muitas decepções antes de perceber a verdade. Os objetos e as circunstâncias podem lhe dar prazer, mas também vão lhe trazer sofrimento. Eles podem lhe dar prazer, mas não trazer alegria. A alegria não tem uma causa e brota dentro de nós como a alegria do Ser. É uma parte essencial do estado de paz interior, conhecido como a paz de Deus. É o nosso estado natural, não algo por que tenhamos de lutar para conseguir.
As pessoas, em geral, não percebem que a “salvação” não está em nada do que façam, possuam ou consigam. Aquelas que percebem ficam, muitas vezes, enfastiadas do mundo e deprimidas. Se nada pode lhes dar um verdadeiro prazer, será que resta alguma coisa por que se empenhar? Com que objetivo? O profeta do Velho Testamento deve ter chegado a essa conclusão quando escreveu: “Tenho visto tudo o que se faz debaixo do sol e eis que tudo é vaidade e uma luta contra o vento”. Quando você chega a esse ponto, está a um passo do desespero e um passo mais longe da iluminação.
Uma vez um monge budista me disse: “Tudo o que aprendi nos vinte anos em que sou monge pode ser resumido em uma frase: Tudo o que surge, desaparece. Isso eu sei”. O que ele quis dizer foi o seguinte: aprendi a não oferecer qualquer resistência ao que é; aprendi a permitir que o momento presente aconteça e a aceitar a natureza impermanente de todas as coisas e circunstâncias. Foi assim que encontrei a paz.
Não oferecer resistência à vida é estar em estado de graça, de descanso e de luz. Nesse estado, nada depende de as coisas serem boas ou ruins. É quase paradoxal, mas, como já não existe mais uma dependência interior quanto à forma, as circunstâncias gerais da sua vida, as formas externas, tendem a melhorar consideravelmente. As coisas, as pessoas ou as circunstâncias que você desejava para a sua felicidade vêm agora até você sem qualquer esforço, e você está livre para apreciá-las enquanto durarem. Todas essas coisas naturalmente vão acabar, os ciclos virão e irão, mas com o desaparecimento da dependência não há mais medo de perdas. A vida flui com facilidade.
A felicidade que provém de alguma coisa secundária nunca é muito profunda. É apenas um pálido reflexo da alegria do Ser, da paz vibrante que encontramos dentro de nós ao entrarmos no estado de não-resistência. O Ser nos transporta para além das polaridades opostas da mente e nos liberta da dependência da forma. Mesmo que tudo em volta desabe e fique em pedaços, você ainda sentirá uma profunda paz interior. Você pode não estar feliz, mas vai estar em paz."
fonte: O Poder do Agora
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
"Não sejas o de hoje.Não suspires por ontem...não queiras ser o de amanhã.Faze-te sem limites no tempo.Vê a tua vida em todas as origens.Em todas as existências.Em todas as mortes.E sabes que serás assim para sempre.Não queiras marcar a tua passagem. Ela prossegue: é a passagem que se continua.É a tua eternidade.És tu."
Cecília Meireles
sábado, 11 de outubro de 2008
Ausência
Em meus sonhos, percorro a noite à tua procura.
À procura do teu cheiro, capaz de transformar meu mundo inteiro.
Minha ânsia em calmaria, essa tristeza em pura alegria.
Na tua falta sou concha sem barulho de mar, frio sem abraço de amor; preciso de você, do seu calor.
Na tua ausência eu não floresço, perco minhas cores, escureço.
Sou um segundo sem seguinte, sou corpo e cansaço, café requentado, onda gigante de solidão.
Sou esse vazio no coração.
...Tantos enganos somados, afastando os nossos sonhos...
...Tua indiferença parece cola, me impedindo de seguir em frente, rasgando o sentido da gente.
Você nunca mais em minha vida, é caminho que não se acerta.
...E sem você, eu me desfaço e não me acho.
Fujo em pensamento.
Invento um modo de sobreviver.
Recrio o tempo.
Espero o tempo de você me querer.
Lílian Baroni
O Vento
O vento nunca parou. A mesma presença, a mesma força a revelar estranhezas, transpor dimensões. Mas o espelho em que bate, agora, tem outra imagem. O que era rasteiro, hoje é árvore. E depois de muitas chuvas, a música do mal humor do tempo fez mudar o que o destino quis prender em minhas mãos.
Lílian Baroni
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Feche os olhos para me enxergar
Feche os olhos e irá me sentir
Estou ao alcance de tuas mãos
Onde sempre gostaria de estar
...Porque fica aí...
Tão longe do meu coração?
Abandonei-me a sós por tanto, tanto, tanto tempo...
...Feche os olhos para me enxergar
Porque eu não quero estar assim...
Feche os olhos e irá me sentir
...Antes que eu resolva te tirar daqui
Daqui, de dentro de mim...de mim... de dentro de mim...
E Agora José?
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?
Eu pra dentro de mim!
Cada um pra dentro de si!
A chave
A saída
A única ponte pra verdade de cada um...
domingo, 5 de outubro de 2008
De volta ao começo...
Sabe quando nada mais faz sentido?
A vida parece mera repetição. A lição você já aprendeu, mas, ainda não conquistou o merecimento... Neste momento, estou cansada. Cansada de querer me preencher de vida onde só existe o calendário. O dia de pagar e receber, tempo de se expor, tempo de recolher... Sou mera escrava das horas. Mas, não percebo que minhas horas já se acumulam, fazendo-me repensar o que é realmente importante para mim.
Eu gostaria...
Eu gostaria...
"Eu queria ter na vida simplesmente,
Um lugar de mato verde,
Pra plantar e pra colher.Ter uma casinha branca, de varandaCom um quintal e uma janelaSó pra ver o sol nascer!"A maturidade seleciona os sonhos!"Como explicar o significado de felicidade para alguém que não entende o que é simples?"
domingo, 28 de setembro de 2008
“...Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.”
Clarice Lispector. In: "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998
Descobri-a em uma gramática, uma das minhas primeiras. Havia um texto para ser trabalhado, era da Clarice. Fiquei em choque com a capacidade descritiva desta autora. Eu era ainda bem jovem, uns doze anos. Como ela conseguia passear, tão facilmente, por sentimentos que eu sentia mas, não verbalizava nem para mim mesma. Olhei em volta, após terminar minha leitura, em sala de aula, para ver se alguém estava tão maravilhado quanto eu. Todos já haviam terminado suas leituras e brincavam, uns com os outros, seguindo a rotina de todos os dias. Não haviam sido tocados. Mas eu, nunca mais fui a mesma. A cada novo livro devorava todos os textos em busca de Clarice. Em busca de mais inspiração, ou, acho, em busca de sentir-me compreendida. Havia alguém que sabia sentir a vida em seus detalhes. Sabia que todas as coisas conversavam. Sabia que eu não era triste, eu era apenas eu. Havia alguém com quem podia conversar. Suas palavras, no papel, eram grito aos meus ouvidos. Havia Clarice.
Lílian Baroni