domingo, 12 de abril de 2009

Sobre a Páscoa



Hoje recebi um e-mail que fala sobre o significado da Páscoa. Achei interessante postar aqui, um pequeno trecho, pois vai de encontro com alguns textos e entrelinhas que tenho publicado.


"Renascer é nascer, somos nós mesmos que renascemos nos nossos filhos, é a vida que se pereniza na prole. A fuga dos hebreus é o fim da escravidão de um povo. A escravidão equivale à morte, escravizar equivale a tirar a vontade e a alma de alguém, equivale a tirar sua vida.
Se libertar da escravidão é viver de novo, é renascer, é estar sempre começando tudo de novo.


Por fim, Jesus é a ressurreição. Quer prova mais clara do que digo? Este eterno milagre que nos encanta é o milagre da vida que a Páscoa nos relembra.


A Páscoa é a ressurreição das nossas almas. Este é o dia de renascer, começar tudo de novo.
De nos libertamos do mal que corrompeu nossas almas e nos recobrirmos com o véu da pureza da alma que tivemos um dia.
Abandonar tudo o que é velho e antigo e olhar pra frente com coragem.
Dedicarmo-nos à vida como quem sorve o sumo de um fruto saboroso.
Hoje é dia de renascer.”


Infelizmente, quem me enviou não mencionou o nome do autor...

...

E, falando em renascimento, na pureza da alma que tivemos um dia... Não resisto e emendo com um lindo poema de Manuel Bandeira:


Belo belo belo,

Tenho tudo quanto quero.

Tenho o fogo de constelações extintas há milênios.

E o risco brevíssimo - que foi? passou - de tantas estrelas cadentes.

.

A aurora apaga-se,

E eu guardo as mais puras lágrimas da aurora.

O dia vem, e dia adentro

Continuo a possuir o segredo grande da noite.

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Belo belo belo,

Tenho tudo quanto quero.

Não quero o êxtase nem os tormentos.

Não quero o que a terra só dá com trabalho.

As dádivas dos anjos são inaproveitáveis:Os anjos não compreendem os homens.

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Não quero amar,

Não quero ser amado.

Não quero combater,

Não quero ser soldado.

Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples


Manuel Bandeira




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