Ainda ontem pensava que não era
mais do que um fragmento trêmulo sem ritmo
na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera,
e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.
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Eles dizem-me no seu despertar:
" Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia
sobre a margem infinita
de um mar infinito."
" Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia
sobre a margem infinita
de um mar infinito."
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E no meu sonho eu respondo-lhes:
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"Eu sou o mar infinito,
e todos os mundos não passam de grãos de areia
sobre a minha margem."
e todos os mundos não passam de grãos de areia
sobre a minha margem."
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Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?"
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?"
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Kahlil Gibran
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O que dizer desses dois textos acima, senão que eles me encontraram ou eu a eles, exatamente porque vivemos um momento de sintonia fina, onde cada palavra, escrita pelo autor, representa uma longa caminhada em minha vida, um novo olhar, meu, recomeçando, refazendo-me...
Sempre...
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Lílian Baroni
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