sábado, 2 de outubro de 2010


 Enquanto isso, sob o céu dos humanos, tentando não me render ao burburinho do mundo, visto minha armadura e falo a linguagem de todos. É lícito, mas muito triste. Caso contrário, me convenceriam, rapidamente, de que minha luz não é natural, minha sensibilidade é burra, minha intuição não é bem vinda. Quando eu abrisse a minha alma, quando faiscassem os meus olhos...  Desejariam me enlatar, como a uma sardinha... Porque ninguém quer acreditar que tem, em si, a mesma luz que incendeia o outro. 
Lílian Baroni

Nenhum comentário: