"A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
...
...Meu Deus! Meu Deus!
Quem sou, que desconheço
O que sinto que sou?
Quem quero ser
Mora, distante, onde meu ser esqueço,
Parte, remoto, para me não ter." Fernando Pessoa
.
.
"E essa saudade que eu sinto, de tudo o que ainda não vi",
depois de muitas vidas vividas,
muitas trocas de pele,
cicatrizes tatuadas na alma...
Essa saudade é de mim mesma...
Essa saudade é de todos os potenciais que não manifestei.
Então, deixo-me revelar para a vida...
Porque em mim habita, ainda, a magia da criança.
Eu ainda sei levitar...
Lílian Baroni
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