segunda-feira, 12 de outubro de 2009







"A criança que fui chora na estrada.

Deixei-a ali quando vim ser quem sou;

Mas hoje, vendo que o que sou é nada,

Quero ir buscar quem fui onde ficou.





...



...Meu Deus! Meu Deus!

Quem sou, que desconheço

O que sinto que sou?

Quem quero ser

Mora, distante, onde meu ser esqueço,

Parte, remoto, para me não ter." Fernando Pessoa

.
.


"E essa saudade que eu sinto, de tudo o que ainda não vi",
depois de muitas vidas vividas,
muitas trocas de pele,
cicatrizes tatuadas na alma...
Essa saudade é de mim mesma...
Essa saudade é de todos os potenciais que não manifestei.
Então, deixo-me revelar para a vida...
Porque em mim habita, ainda, a magia da criança.
Eu ainda sei levitar...

Lílian Baroni

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