Hoje estou em estado de anestesia. Algum sonho ruim ou minha intuição, alertando-me, outra vez... Não sei. O problema é que este estado me faz entrar pra dentro de mim(como se fosse possível mais) e aí... recomeço minha faxina.
Hoje dói uma saudade. Saudade daquelas que a gente, na entrega ao destino cruel, acha que não vai mais sentir. Penso o quanto estou desprendida, há muito não tenho raízes. Sinto falta de um braço, um rumo certo, certo rumo. Encontrei olhos, encontrei almas, mas não encontrei, em nenhum deles, a minha calma. É preciso que já se tenha vivido um pouco do que vivi. É preciso que não se abra mão de ser gente. E por aí há gente. Feliz, só, rica, miserável, por aí há gente que nem imagina a vida silenciosa por detrás dos pensamentos. Gente que nunca escutou o barulho de seus sentimentos. A vida corre e eu estou na beira do caminho, observando. Mas o tempo cresce criminosamente. Meus rascunhos já se apagam, pois estão em grafite, no papel, esperando acontecer. Se existe destino, eu quero o acaso a surpreender-me. Se existe recompensa, serei boa aluna. Se existe outra vida, eu quero o encontro. Se existe o céu, eu quero a paz. E na rotina morta dos meus dias, eu quero aquela fala firme, aquela força azul, aqueles olhos. Na rotina morta dos meus dias, eu “quero uma verdade inventada.” Lílian Baroni
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