Quando deixa de negar sua fealdade, você também deixa de negar sua beleza.
Existe muita beleza em cada pessoa que está livre. Você de fato manifesta a beleza que nega totalmente, que desconhece e que deixa de perceber e de experimentar! E não me refiro apenas à beleza potencial, ainda por desenvolver; refiro-me à beleza que existe efetivamente.
Você pode pensar sobre isso e rezar para ver essa beleza em você mesmo, do mesmo modo que reza para ver sua fealdade. Quando puder perceber ambas, não apenas uma, com exclusão da outra, você terá dado um passo fundamental na direção de uma percepção realista da vida e de você mesmo que lhe possibilitará integrar aquilo que agora o divide.
Sempre prestando atenção à sua própria beleza e fealdade, você também verá ambos os lados nos outros. Você tende a rejeitar e a negar completamente as pessoas cuja destrutividade você percebe, e reage a elas exatamente do mesmo modo como age com você mesmo. Ou você reage emocionalmente à bondade e à beleza interior dessas pessoas, ao mesmo tempo que irrealisticamente faz vista grossa ao seu lado feio. Você ainda não consegue captar a presença da dualidade em você mesmo, e consequentemente não pode tampouco nos outros. Isso cria contínuos conflitos e lutas. Essa disposição e falta de consciência fazem com que você negue e paralise o processo criador em si. Somente aceitando a dualidade é que você pode realmente transcendê-la.
Autoria: Eva Pierrakos
Livro: O Caminho da Autotransformação
Texto publicado no blog Tulipas- A dança da vida-UOL blogs
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