domingo, 28 de setembro de 2008



RockYou FXText


“...Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.”
Clarice Lispector. In: "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998


Clarice Lispector faz parte de minha vida. Foi ela, ilustre desconhecida, que me ensinou a olhar para mim. Com ela aprendi o quanto as palavras podem me servir, como ponte de expressão para sentimentos mudos ou quase imperceptíveis. Às vezes sentimos e pensamos sem perceber. Como em um mundo paralelo a nós mesmos, não estamos conscientes.
Descobri-a em uma gramática, uma das minhas primeiras. Havia um texto para ser trabalhado, era da Clarice. Fiquei em choque com a capacidade descritiva desta autora. Eu era ainda bem jovem, uns doze anos. Como ela conseguia passear, tão facilmente, por sentimentos que eu sentia mas, não verbalizava nem para mim mesma. Olhei em volta, após terminar minha leitura, em sala de aula, para ver se alguém estava tão maravilhado quanto eu. Todos já haviam terminado suas leituras e brincavam, uns com os outros, seguindo a rotina de todos os dias. Não haviam sido tocados. Mas eu, nunca mais fui a mesma. A cada novo livro devorava todos os textos em busca de Clarice. Em busca de mais inspiração, ou, acho, em busca de sentir-me compreendida. Havia alguém que sabia sentir a vida em seus detalhes. Sabia que todas as coisas conversavam. Sabia que eu não era triste, eu era apenas eu. Havia alguém com quem podia conversar. Suas palavras, no papel, eram grito aos meus ouvidos.
Havia Clarice.
Lílian Baroni
"É difícil perder-se. É tão difícl que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.Clarice Lispector


“...Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar.”
Clarice Lispector

"Não sei perder minha vida."Não sei qual a minha culpa mas, peço perdão. A luz do farol revelou-os tão rapidamente que não puderam ver. Peço perdão por não ser uma "estrela" ou o "mar"ou por não ser alegre... Peço perdão por não saber me dar nem a mim mesma... Peço, de novo, perdão. Não sei perder minha vida. Clarice Lispector



"Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado com papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, então raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos." Clarice Lispector






"Sou uma filha da natureza:quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz parte de um todo,de um mistério. Sou uma só... Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta?Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo."Clarice Lispector

"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce dificuldades para fazê-la forte,Tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas,elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos."
Clarice Lispector



"...Que minha solidão me sirva de companhia. Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e, mesmo assim, me sentir como se estivesse plena de tudo." Clarice Lispector





"...faz de conta que ela nao estava chorando por dentro -pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado;ela saíra agora da voracidade de viver. "Clarice Lispector


Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude. Faça com que eu seja a Tua amante humilde, entrelaçada a Ti em êxtase. Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o amor materno que nutre e embala. Faça com que eu tenha a coragem de Te amar, sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo. Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços meu pecado de pensar.
Clarice Lispector



Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca.Clarice Lispector



Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso. Clarice Lispector

sábado, 27 de setembro de 2008



Ontem tentava recordar o nome de um livro com o qual estudei nas primeiras séries. Não me lembro bem das histórias, mas lembro dos sentimentos que inspirava em mim. O Burrinho Alpinista. Um burrinho que escala uma montanha, curioso para saber o que há do outro lado. Uma das tantas poesias da minha infância. Quão surpresa fiquei ao descobrir por aí, na net, blogueando, que não foi só em mim que deixou boas lembranças. Encontrei registros deste livro como parte das boas recordações de muita gente “bonita”. E senti-me em casa... E à vontade para falar sobre o assunto aqui no blog. Então, pedindo licença para a Kaká, do blog ...Enquanto houver ar e chão... lanço aqui os meus perfumes, aqueles que o tempo não gastou.

Meus cheiros de planta germinando:

O Burrinho Alpinista
Zezinho, O Dono da Porquinha Preta
Reinações de Narizinho
Barba-Papas(desenho animado)
Manda-chuva(desenho animado)
O Sítio do Pica-Pau Amarelo
Os Saltimbancos Trapalhões
Balão Mágico
Boneca Susi



Meus cheiros de plantação crescendo:

Luciana Saudade
Pollyana
Pollyana Moça
Éramos seis
O Feijão e o Sonho
Meu Pé de Laranja Lima
O Pequeno Príncipe


Meus cheiros de árvore, de fruta e de flor:

Esses estão em permanente elaboração. Uma alquimia que não controlo mais... Já controlei, mas não quero mais castrar minhas possibilidades.
As essências que uso para criar meus diferentes aromas, compõem-se de vários ingredientes, colhidos durante minha fase de germinar e crescer. São eles:

A música que tocava na igreja da minha cidade natal- Foi Deus quem fez você
O cheiro da chuva
Minha personagem em A Dama da Madrugada
O gosto da comida da minha avó
O cheiro da casa da Dona Zilda
A luz entrando pelas frestas do teto ao amanhecer
A delícia de tomar café da manhã sentada na beirada do fogão a lenha
O toque do pijama de flanela
A esperança do natal
O desejo pela boneca Beijoca
O som da voz de meu avô
O conforto de ainda se ter muito tempo
O encontro com meu primeiro amor
As borboletas em meu estômago
A poesia nas músicas do Legião Urbana
Clarice Lispector
Cecília Meireles
Fernando Pessoa
Drumond
Meus sonhos
Meus tropeços
Meus rascunhos
Minha busca pela Paz...
Meus recomeços...

Então, nessa viagem infinita que é meu existir, abro um parênteses. Deixo o ofuscamento do sol de meio dia, que me obriga a ser comum, me esconde a poesia, e peço:
Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz...






sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Puedo escribir los versos más tristes esta noche

Minha pretensão, no blog, é derramar um pouco daquilo que me fala mais alto neste mundo, por meio de minhas postagens, e deixar que você decida se também te fala alto.
Hoje publico algo muito especial, um vídeo da poesia Puedo escribir los versos más tristes esta noche, declamado em castelhano, lingua materna do autor Pablo Neruda(me encanta!)
Pablo Neruda (Parral, 12 de Julho de 1904Santiago, 23 de Setembro de 1973) foi um poeta chileno premiado com o Nobel de Literatura de 1971, um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX e cônsul do Chile na Espanha (1934-1938) e no México. A obra de Pablo não é tão largamente divulgada no Brasil, pelas barreiras da língua, mas teve influencia sobre alguns grandes autores brasileiros. Convido-te a iniciar o vídeo, ouvindo a linda declamação e a musicalidade da língua castelhana. Logo abaixo do vídeo, está cada frase e sua tradução para o português.
Então, é só deixar a poesia entrar...








Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite
Escribir, por ejemplo: “La noche está estrellada,
Escrever, por exemplo: “a noite está estrelada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos”.
e tiritam, azuis, os astros, na distância”.
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
O vento da noite gira no céu e canta
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Yo la quise, y a veces ella también mi quiso.
Eu a quis, e ela, às vezes, , também a mim.
En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
Em noites como esta a tive entre meus braços
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.
A beijei tantas vezes debaixo do céu infinito
Ella me quiso, a veces yo también la queria.
Ela me quis, como algumas vezes eu também a ela
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos.
Como não ter amado seus grandes olhos fixos
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.
Pensar que não a tenho. Sentir que a perdi.
Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela
Y el verso cae al alma como al pasto el rocio.
E o verso cai na alma como o sereno no pasto
Qué importa que mi amor no pudiera guardala.
Que importa que meu amor não pôde mantê-la comigo
La noche está estrellada y ella no está conmigo.
A noite está estrelada e ela não está comigo
Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Isso é tudo. Alguém canta lá longe. Muito longe
Mi alma no se contenta com haberla perdido.
Minha alma não se conforma por tê-la perdido
Como para acercala mi mirada la busca.
Como para aproximá-la, meu olhar busca por ela
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.
Meu coração busca por ela, e ela não está comigo
La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
A mesma noite que faz branquear as mesmas árvores.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Nós, os daquela época, não somos mais os mesmos.
Ya no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise.
Já não a amo, é certo, mas quanto a quis.
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.
Minha voz buscava o vento para tocar seu ouvido
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
Sua voz, seu corpo claro. Seus olhos infinitos
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Já não a amo, é certo, mas talvez ainda a ame.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.
É tão curto o amor, e tão longo o esquecimento
Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
Porque em noites como esta a tive em meus braços,
mi alma no se contenta com haberla perdido.
minha alma não se conforma por tê-la perdido
Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,
ainda que esta seja a última dor que ela me causa
Y éstos sean los últimos versos que yo le escribo.
E estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

"Quero uma verdade inventada"







Hoje estou em estado de anestesia. Algum sonho ruim ou minha intuição, alertando-me, outra vez... Não sei. O problema é que este estado me faz entrar pra dentro de mim(como se fosse possível mais) e aí... recomeço minha faxina.
Hoje dói uma saudade. Saudade daquelas que a gente, na entrega ao destino cruel, acha que não vai mais sentir. Penso o quanto estou desprendida, há muito não tenho raízes. Sinto falta de um braço, um rumo certo, certo rumo. Encontrei olhos, encontrei almas, mas não encontrei, em nenhum deles, a minha calma. É preciso que já se tenha vivido um pouco do que vivi. É preciso que não se abra mão de ser gente. E por aí há gente. Feliz, só, rica, miserável, por aí há gente que nem imagina a vida silenciosa por detrás dos pensamentos. Gente que nunca escutou o barulho de seus sentimentos. A vida corre e eu estou na beira do caminho, observando. Mas o tempo cresce criminosamente. Meus rascunhos já se apagam, pois estão em grafite, no papel, esperando acontecer. Se existe destino, eu quero o acaso a surpreender-me. Se existe recompensa, serei boa aluna. Se existe outra vida, eu quero o encontro. Se existe o céu, eu quero a paz. E na rotina morta dos meus dias, eu quero aquela fala firme, aquela força azul, aqueles olhos. Na rotina morta dos meus dias, eu “quero uma verdade inventada
.”
Lílian Baroni

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Você sabe o que é cativar?

Esse vídeo não é qualquer coisa. Simplesmente rendo-me a quem o editou, pois foi capaz de captar o melhor deste livro. O Pequeno Príncipe é um clássico da literatura que, de tão conhecido, pode parecer "comum" demais. Convido-os a fazer uma releitura deste clássico, através de um de seus mais belos diálogos. Nunca me canso de buscar esse vídeo. E, toda vez, me emociono como se fosse a primeira. Sutil, leva nossa emoção delicadamente, fazendo-nos reviver conceitos e necessidades há muito esquecidas...

Então, não assista,

Sinta...

Sobre o amor e a paixão...


"Quando se apaixona é uma loucura temporária.Ela surge como um terremoto e depois se acalma, e quando se acalma, você tem de tomar uma decisão.Ver se as suas raízes ficaram tão entrelaçadas ao ponto de ser inconcebível se separarem.Porque isso é que é amor.O amor não é a falta de fôlego.Não é excitação.Não é o desejo de acasalar a cada segundo do dia.Não é imagina-lo beijando cada parte do seu corpo.Isso é estar apaixonado.Amor é aquilo que sobra quando a paixão se consumiu."
Trecho retirado do filmedo filme Capitão Corelli

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Renascer



Eu não posso florescer se não tiver uma raiz plantada. Se não puder me alimentar da força da vida. Não sei onde nasce, para onde vai esse rio que a todos carrega. Às vezes fecho os olhos e vários quadros pintam-se à minha vista. Aquarelas que representam o que fui e o que quis ser. O sol iluminando caminhos, sorriso revelando intenções. Não vou me enganar. As palavras, trancadas, prendem-me a idéias, riscos.Vou querer descobrir o outro lado: entregar-me ao frio e ao escuro para, então, renascer luz.

Autoria : Lílian Baroni

Minha eternidade



Minha eternidade já não cabe mais em mim.
Brilhos diferente revelam o meu óbvio.
Minha metade eu faço, completo.
Acabo em transparências que não conheço.
Meu corpo cede à ilusão.
Música, toque, felicidade em gotas, inundam , vazam, encharcam meus dias.
Lágrimas de estilhaços internos carregam os meus restos,
Para que a vida possa sorrir,
Calma como a velocidade de uma brisa.
Levando o meu passado, atingindo os meus desejos...
Autoria: Lílian Baroni

domingo, 21 de setembro de 2008



RockYou FXText

Eu, você e a praça

Preciso rever
Seu sorriso um tanto sem graça
Preciso voltar
Mais uma vez com você, lá na praça.
Da última vez, você colocou o destino em minhas mãos. Não foi nem tão pesado, mas eu me desequilibrei e fui soltando tudo por aí. Nada ao acaso, mas tudo em lugares que fizessem florescer aquelas promessas. Não ousei fazer escolhas, e bloqueei todos os acessos à tua voz. Você tinha ido embora, e eu quis te apagar em mim. Se consegui? Claro que não. Mas te guardei no canto mais fundo. Não lembrava você.

Só que tinha a praça. A nossa praça. Das nossas histórias malucas, de você tímido querendo dizer mil coisas. Eu, presa em teus olhos e dizendo que você não precisava dizer nada, enquanto era necessário ouvir tudo. As confusões confessas. Confissões confusas. Os “não vai”, “fica mais”, “me dá um abraço”. As ligações que serviam para extravasar a mudez. O “presta atenção, eu só me sinto bem assim com você”. E depois, desencontros. Escassez. E o tempo dando conta de tudo. Cuidando de mim. Fazendo bem a você. Lembranças leves. A praça sempre me mostrava o nós. Amenizava saudades. Tem um pouco de você e eu, ali.
De repente, você cai na minha porta. Eu me desenho sem ação, assustada, feliz, entre pulos contidos e sorrisos escancarados. Você me desarma com um abraço. Aí eu lembro do teu poder. Teu sorriso. E do quanto me reconfortava ser acarinhada por aqueles olhos de mel - um doce não tão açucarado. E entre olhares e sorrisos um tanto sem graça, são trocadas palavras superficiais. Sabe aquele jeito? Aquela idéia do eu nem acredito que estamos aqui outra vez. Do é inacreditável como nada mudou desde o último encontro. E piadas para disfarçar o nervosismo. E meu rosto a desenhar todos os sustos.
Sem querer eu olhei em seus olhos
Sem saber segurei suas mãos
E começou assim
Um longo silêncio entre nós
A sua presença calou minha voz
Tanta coisa eu tinha guardado pra lhe dizer
Mas não disse nada.
E nem precisava. Nossas palavras eram aquelas, entre gramas verdes e estrelas. O passado virou nosso agora. Engraçado como você fez meu dia virar assobios, músicas, cores. Como você tira o nublado desses tempos de chuva e faz o céu mais lindo do mundo voltar a ser admirado por mim. Engraçado você. E eu. E o reencontro prometido. A praça. Nosso quadro.Te mostrei então onde nossas promessas se tornaram flores. Versão assimilada de mim, você entendeu que o destino pode fazer parte de todos os cantos. E do nosso, é melhor se esquivar de planos. Do nosso, basta o pensamento cruzado, como esses aviões no ar. Como o avião que te trouxe. Como você, na minha rua. E enquanto isso, os corações conversam de perto, pra depois acenarem da janela do mesmo avião que te leva embora, sem saber quando vai voltar.
Nosso tempo era curto
E tão pouco
É que você veio. E foi tudo tão bom, que quase dói pensar em te perder outra vez. Te perder para a distância. Mas, sabe, coração agüenta. Amizade sustenta. E a praça.

- Título, inspiração e trechos por conta da harmonia de Zeca Baleiro.
- Por Aya, do blog
Deixa eu brincar de ser feliz

Dói essa vontade...

glitters



"Se eu fosse a chuva, poderia eu me conectar com o coração de alguém, assim como ela pode unir os eternos separados: terra e céu?"

Sensível, intenso, inteligente: Chaplin


Vamos sentir um pouco desse gênio!





Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre.Charles Chaplin


“Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.Hoje sei que se chama... Amor-próprio.Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.Hoje sei que isso é... Simplicidade.Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.Hoje descobri a... Humildade.Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.Tudo isso é... Saber viver!!!Charles Chaplin


“...O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.”
Charles Chaplin

“Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...Mostre aquilo que você é, sem medo.Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.Procure o que há de bom em tudo e em todos.Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...Você já tornou alguém feliz hoje?Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.Ei! Você... não vá embora.Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe. Charles Chaplin


“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.Charles Chaplin


"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso".Charles Chaplin

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

BlogBlogs.Com.Br

Beleza

Fada - Graphics, Graficos e Glitters Para Orkut


Quando deixa de negar sua fealdade, você também deixa de negar sua beleza.
Existe muita beleza em cada pessoa que está livre. Você de fato manifesta a beleza que nega totalmente, que desconhece e que deixa de perceber e de experimentar! E não me refiro apenas à beleza potencial, ainda por desenvolver; refiro-me à beleza que existe efetivamente.
Você pode pensar sobre isso e rezar para ver essa beleza em você mesmo, do mesmo modo que reza para ver sua fealdade. Quando puder perceber ambas, não apenas uma, com exclusão da outra, você terá dado um passo fundamental na direção de uma percepção realista da vida e de você mesmo que lhe possibilitará integrar aquilo que agora o divide.
Sempre prestando atenção à sua própria beleza e fealdade, você também verá ambos os lados nos outros. Você tende a rejeitar e a negar completamente as pessoas cuja destrutividade você percebe, e reage a elas exatamente do mesmo modo como age com você mesmo. Ou você reage emocionalmente à bondade e à beleza interior dessas pessoas, ao mesmo tempo que irrealisticamente faz vista grossa ao seu lado feio. Você ainda não consegue captar a presença da dualidade em você mesmo, e consequentemente não pode tampouco nos outros. Isso cria contínuos conflitos e lutas. Essa disposição e falta de consciência fazem com que você negue e paralise o processo criador em si. Somente aceitando a dualidade é que você pode realmente transcendê-la.

Autoria: Eva Pierrakos
Livro: O Caminho da Autotransformação
Texto publicado no blog Tulipas- A dança da vida-UOL blogs

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O peso da neblina

Às vezes, era como se do teto surgisse um buraco, negro, de energia incontrolável, que sugava de meu corpo meu "eu" mais submerso e inconsciente. Eu era neblina. Branca e fria, esvaindo-me sobre as pedras da rua, penetrando pelas gretas do cimento, umedecendo a visão da noite. Porção frágil. Leve matéria. Até que o dia me encontrasse...Então, meu corpo despertava. Chumbo. Como um vulcão, aliviando-se em lágrimas, meus olhos captavam resquícios da noite. E a vida continuava...Metade. Como o mar, o inverno, o amor. Metade infinito, metade calafrio, metade medo. Continuava, como uma chuva que não lava, como os olhos, sem a íris.

Lílian Baroni

Segredo

Pra você, meu EN-cantador...

Há tantos anos,
Tantas vidas,
Guardando o teu rosto e a tua voz
O teu cheiro e o teu gosto...
Há tanto tempo
Esperando...
O barulho do teu silêncio
A me olhar a alma
A desfolhar com calma
Cada véu de medo
Cada porta com segredo
Até chegar, enfim
No doce do doce
Que teu encanto deixou em mim...

Autoria: Lílian Baroni

Dentro de Mim

Morrer em Brasas


Até agora, preferi não acender o fogo,
deixei-me morrer em brasas,
Sem a dor das palavras. Muda.
Sem o embaçamento das lágrimas,
Fazendo-me fragilmente edificada
na precariedade da vida.
Sobrei em meus riscos não corridos
Então...
“permita que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo"-Cecília Meireles

Mensagem para você!

O que pode ser melhor, na vida, do que alimentar nossa alma...

Vídeo retirado do YOUTUBE.