domingo, 25 de abril de 2010

Retorna à raiz de ti mesmo







Não te afastes

Chega bem perto

Cria. Não sejas infiel

Encontra o antídoto no veneno

Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo



Moldado em barro, misturado porém a substância da certeza

Tu, guardião do tesouro da luz sagrada

Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo



Ao vislumbrares a dissolução

Serás arrancado de ti mesmo

E libertado de tantas amarras

Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo



Nasceste dos filhos, dos filhos de Deus

Mas fixaste muito abaixo a tua mira

Como pode ser feliz assim?

Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo



És o talismã que protege o tesouro

E também a mina onde se encontra

Abre teus olhos. Vê o que está oculto

Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo



Nasceste de um raio da majestade de Deus

E carregas a bênção de uma estrela generosa

Por que sofrer nas mãos do que não existe?

Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo



Aqui chegaste embriagado e dócil

Da presença daquele doce amigo

Que com o olhar cheio de fogo, roubou nossos corações

Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo



Nosso mestre e anfitrião

Colocou a taça eterna diante de ti

Glória Deus, que vinho tão raro!

Vem. Retorna à raiz da raiz de teu ser


Poema árabe- Mawlānā Jalāl-ad-Dīn Muhammad Rūmī
http://www.jaymemonjardim.com.br/clone/poesia/conteudo.htm





Nenhum comentário: