sexta-feira, 31 de outubro de 2008


" Aquilo que você é fala tão alto, que não consigo ouvir o que está me dizendo"

Mark Twain

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

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" Todo o amor que você retém, é toda a dor que você carrega"
Autor desconhecido

Pausa para reflexão

Então...

Vou começar falando sobre algumas reflexões que andei fazendo esses dias. Fui praticamente "atropelada" por alguns assuntos que muito me chamaram a atenção. Incrivelmente, estava vivendo dias de bastante introspecção, revendo alguns conceitos e verdades que amealhei até o presente. De repente, deparo-me com uma avalanche de informações acerca de temas místicos, científicos, astrológicos, ufológicos, etc, etc, tudo misturado e interligado, que me fizeram intensificar meu processo, já antes em andamento, de buscar minhas verdades. O importante não é o que está escrito, em tantos blogs, sites e até revistas(um verdadeiro cochicho virtual). Importante é o que está nas entrelinhas, que é o que nos leva a refletir sobre um significado maior, que possa estar por trás de tudo.

Não pretendo entrar em méritos, nem repartir minhas conclusões, em respeito à caminhada de cada um, porém, o que é certo, é que estamos realmente vivendo tempos de abertura de consciência, o que, acho, em alguns acontece de maneira consciente e, em outros, de forma inconsciente.
Continua...




"Buda ensinou que até mesmo a felicidade pessoal é dukka – uma palavra da língua páli que significa “sofrimento” ou “insatisfação”. Ela é inseparável do seu oposto. Significa que a felicidade e a infelicidade são, na verdade, uma coisa só. Somente a ilusão do tempo as separa.
Isso não significa uma negatividade. É simplesmente reconhecer a natureza das coisas, para não viver atrás de uma ilusão pelo resto da vida. Nem quer dizer que você não deva mais apreciar os objetos e as circunstâncias agradáveis e bonitas. Porém, usá-los para procurar aquilo que não podem dar – uma identidade, um sentido de permanência e satisfação – é uma receita para a frustração e o sofrimento. Toda a indústria da propaganda e a sociedade de consumo entrariam em colapso se as pessoas se tornassem iluminadas e deixassem de tentar encontrar as suas identidades através dos objetos. Quanto mais usarmos esse caminho para encontrar a felicidade, mais estaremos nos iludindo. Nada lá fora vai conseguir nos trazer satisfação, exceto por um tempo e de modo superficial. Mas talvez você precise passar por muitas decepções antes de perceber a verdade. Os objetos e as circunstâncias podem lhe dar prazer, mas também vão lhe trazer sofrimento. Eles podem lhe dar prazer, mas não trazer alegria. A alegria não tem uma causa e brota dentro de nós como a alegria do Ser. É uma parte essencial do estado de paz interior, conhecido como a paz de Deus. É o nosso estado natural, não algo por que tenhamos de lutar para conseguir.
As pessoas, em geral, não percebem que a “salvação” não está em nada do que façam, possuam ou consigam. Aquelas que percebem ficam, muitas vezes, enfastiadas do mundo e deprimidas. Se nada pode lhes dar um verdadeiro prazer, será que resta alguma coisa por que se empenhar? Com que objetivo? O profeta do Velho Testamento deve ter chegado a essa conclusão quando escreveu: “Tenho visto tudo o que se faz debaixo do sol e eis que tudo é vaidade e uma luta contra o vento”. Quando você chega a esse ponto, está a um passo do desespero e um passo mais longe da iluminação.
Uma vez um monge budista me disse: “Tudo o que aprendi nos vinte anos em que sou monge pode ser resumido em uma frase: Tudo o que surge, desaparece. Isso eu sei”. O que ele quis dizer foi o seguinte: aprendi a não oferecer qualquer resistência ao que é; aprendi a permitir que o momento presente aconteça e a aceitar a natureza impermanente de todas as coisas e circunstâncias. Foi assim que encontrei a paz.
Não oferecer resistência à vida é estar em estado de graça, de descanso e de luz. Nesse estado, nada depende de as coisas serem boas ou ruins. É quase paradoxal, mas, como já não existe mais uma dependência interior quanto à forma, as circunstâncias gerais da sua vida, as formas externas, tendem a melhorar consideravelmente. As coisas, as pessoas ou as circunstâncias que você desejava para a sua felicidade vêm agora até você sem qualquer esforço, e você está livre para apreciá-las enquanto durarem. Todas essas coisas naturalmente vão acabar, os ciclos virão e irão, mas com o desaparecimento da dependência não há mais medo de perdas. A vida flui com facilidade.
A felicidade que provém de alguma coisa secundária nunca é muito profunda. É apenas um pálido reflexo da alegria do Ser, da paz vibrante que encontramos dentro de nós ao entrarmos no estado de não-resistência. O Ser nos transporta para além das polaridades opostas da mente e nos liberta da dependência da forma. Mesmo que tudo em volta desabe e fique em pedaços, você ainda sentirá uma profunda paz interior. Você pode não estar feliz, mas vai estar em paz."
fonte:
O Poder do Agora


Este texto foi retirado, na íntegra, do blog http://www.projeto2012.com/


segunda-feira, 13 de outubro de 2008


" ...E é sempre mais difícil ancorar um navio no espaço..."


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"Não sejas o de hoje.Não suspires por ontem...não queiras ser o de amanhã.Faze-te sem limites no tempo.Vê a tua vida em todas as origens.Em todas as existências.Em todas as mortes.E sabes que serás assim para sempre.Não queiras marcar a tua passagem. Ela prossegue: é a passagem que se continua.É a tua eternidade.És tu."

Cecília Meireles

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Se existe destino, eu quero o acaso a surpreender-me. Se existe recompensa, serei boa aluna. Se existe outra vida, eu quero o encontro. Se existe o céu, eu quero a paz. E na rotina morta dos meus dias, eu quero aquela fala firme, aquela força azul, aqueles olhos...
Lílian Baroni

sábado, 11 de outubro de 2008

Ausência

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Em meus sonhos, percorro a noite à tua procura.
À procura do teu cheiro, capaz de transformar meu mundo inteiro.
Minha ânsia em calmaria, essa tristeza em pura alegria.

Na tua falta sou concha sem barulho de mar, frio sem abraço de amor; preciso de você, do seu calor.
Na tua ausência eu não floresço, perco minhas cores, escureço.
Sou um segundo sem seguinte, sou corpo e cansaço, café requentado, onda gigante de solidão.
Sou esse vazio no coração.

...Tantos enganos somados, afastando os nossos sonhos...
...Tua indiferença parece cola, me impedindo de seguir em frente, rasgando o sentido da gente.

Você nunca mais em minha vida, é caminho que não se acerta.
...E sem você, eu me desfaço e não me acho.
Fujo em pensamento.
Invento um modo de sobreviver.
Recrio o tempo.
Espero o tempo de você me querer.


Lílian Baroni


O Vento



O vento nunca parou. A mesma presença, a mesma força a revelar estranhezas, transpor dimensões. Mas o espelho em que bate, agora, tem outra imagem. O que era rasteiro, hoje é árvore. E depois de muitas chuvas, a música do mal humor do tempo fez mudar o que o destino quis prender em minhas mãos.
Meus pés não sentem mais o contato com a terra e a imagem refletida na água, não reconheço. Fui caminhando, com leveza, pelos desenhos que fazia o vento. Meu corpinho, de menina, desaparecendo entre um sol e uma lua...
Olhar no espelho é ver a poeira que restou de mim.
Minha energia brilhante doei para o silêncio que existe depois da montanha...
Em meu mundo de sensações pueris, cresceu uma ausência e um soluço de choro interrompido.
Porque eu nunca quis pedir para que o mundo, meu pequeno mundo, nunca me deixasse ir sozinha...

Lílian Baroni



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Feche os olhos para me enxergar




Feche os olhos para me enxergar
Feche os olhos e irá me sentir
Estou ao alcance de tuas mãos
Onde sempre gostaria de estar


...Porque fica aí...
Tão longe do meu coração?

Abandonei-me a sós por tanto, tanto, tanto tempo...

...Feche os olhos para me enxergar
Porque eu não quero estar assim...
Feche os olhos e irá me sentir
...Antes que eu resolva te tirar daqui

Daqui, de dentro de mim...de mim... de dentro de mim...



Autoria: Lílian Baroni





E Agora José?

De Carlos Drummond de Andrade...


E agora, José?

A festa acabou,

a luz apagou,

o povo sumiu,

a noite esfriou,

e agora, José ?

e agora, você ?

você que é sem nome,

que zomba dos outros,

você que faz versos,

que ama protesta,

e agora, José ?


Está sem mulher,

está sem discurso,

está sem carinho,

já não pode beber,

já não pode fumar,

cuspir já não pode,

a noite esfriou,

o dia não veio,

o bonde não veio,

o riso não veio,

não veio a utopia

e tudo acabou

e tudo fugiu

e tudo mofou,

e agora, José ?


E agora, José ?

Sua doce palavra,

seu instante de febre,

sua gula e jejum,

sua biblioteca,

sua lavra de ouro,

seu terno de vidro,

sua incoerência,

seu ódio - e agora ?


Com a chave na mão

quer abrir a porta,

não existe porta;

quer morrer no mar,

mas o mar secou;

quer ir para Minas,

Minas não há mais.

José, e agora ?


Se você gritasse,

se você gemesse,

se você tocasse

a valsa vienense,

se você dormisse,

se você cansasse,

se você morresse…

Mas você não morre,

você é duro, José !


Sozinho no escuro

qual bicho-do-mato,

sem teogonia,

sem parede nua

para se encostar,

sem cavalo preto

que fuja a galope,

você marcha, José !

José, pra onde ?
Você pra dentro de você José...
Eu pra dentro de mim!
Cada um pra dentro de si!
A chave
A saída
A única ponte pra verdade de cada um...
E depois nos encontramos
Pra unir nossas cores
E sermos mais fortes
Pra pintarmos um arco-íris
No modelo daquele que já temos em nós...
Lílian Baroni

domingo, 5 de outubro de 2008

De volta ao começo...




Sabe quando nada mais faz sentido?
A vida parece mera repetição. A lição você já aprendeu, mas, ainda não conquistou o merecimento... Neste momento, estou cansada. Cansada de querer me preencher de vida onde só existe o calendário. O dia de pagar e receber, tempo de se expor, tempo de recolher... Sou mera escrava das horas. Mas, não percebo que minhas horas já se acumulam, fazendo-me repensar o que é realmente importante para mim.

Eu gostaria,
Eu gostaria...
Eu gostaria...

"Eu queria ter na vida simplesmente,
Um lugar de mato verde,
Pra plantar e pra colher.
Ter uma casinha branca, de varanda
Com um quintal e uma janela
Só pra ver o sol nascer!"
A maturidade seleciona os sonhos!
"Como explicar o significado de felicidade para alguém que não entende o que é simples?"